Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett
Portugal vivia sob o domínio filipino e um fidalgo do reino vê-se obrigado a abdicar da sua vida para se entregar à religião... Quais terão sido os seus motivos?
Manuel de Sousa Coutinho é Frei Luís de Sousa, um homem corajoso, íntegro, altruísta e, acima de tudo, um patriota, que assiste ao desmoronar da sua família com a chegada de um misterioso peregrino, portador de uma terrível verdade. Quando lhe perguntam "Romeiro, romeiro, quem és tu?", ouve-se a enigmática resposta: "Ninguém."...
Lê a obra e desvenda este mistério.
Da verdade à ficção
Para a redacção desta obra, Almeida Garrett inspirou-se na vida de um fidalgo português, Manuel de Sousa Coutinho, que existiu de facto. Nasceu em 1555 e morreu em 1632. Após ter servido em Valência o rei D. Filipe II de Espanha, regressa a Portugal em 1584 e casa com D. Madalena de Vilhena, viúva de D. João de Portugal, cavaleiro ao serviço de D. Sebastião, desaparecido na batalha de Alcácer-Quibir.
Quando a cidade de Lisboa foi assolada pela peste, Manuel de Sousa Coutinho, nomeado capitão-mor da cidade de Almada há alguns anos, num acto de desespero, incendeia a própria casa para impedir que os governadores do Reino aí se instalem.
Viveu treze anos no Brasil, onde morre a sua filha, Maria, e, de volta a Portugal, abraça a vida religiosa conjuntamente com a sua esposa, ingressando no Convento de São Domingos de Benfica, onde toma o nome de Frei Luís de Sousa.
Embora seja pouco verosímil, há uma versão que defende que a separação do casal e o seu ingresso na vida religiosa se deveram ao regresso ao país de um peregrino com a notícia de que D. João de Portugal, após trinta e cinco anos de cativeiro, se encontrava ainda vivo na Terra Santa, tornando assim o casamento de Manuel de Sousa Coutinho e Madalena de Vilhena um acto pecaminoso e adúltero
Sabe mais...
Obra Integral
Breve análise da obra
Sugestão Cinematográfica
Um filme de João Botelho
Sinopse